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Origem do gato persa

   Os gatos de pelos longos eram desconhecidos na Europa até o fim do século XVI, quando Pietro Della Valle (explorador italiano) em uma de suas passagens pela Pérsia trouxe consigo alguns animais que habitavam as ruas locais. Mais tarde Nicolas-Claude Fabri, senhor de Peiresc, contemporâneo de Della Valle, grande academico francês, entre uma grande diversidade de coisas, gostava e interessava-se muito por gatos. Para afastar os ratos, conservava os gatos no seu gabinete.
No princípio do século XVII conseguiu que lhe enviassem os seus primeiros gatos da Turquia. Tinha tido conhecimento deles provavelmente através de Della Valle. Na sua mansão Belgentier perto de Toulouse, fez criação com eles, com um interesse quase Mendeliano nos resultados.
Presenteou o Cardeal de Richelieu com um dos seus gatinhos. Por isso, foi fácil a sua introdução na Corte Francesa.

   O Cardeal Richelieu (1585 - 1642), foi um amante dos gatos. (Excentricidade de um homem da igreja, numa época em que se acreditava que os gatos eram a representação do diabo.)
Na sua residência viviam 14 animais, num quarto ao lado do seu, e comiam uma dieta especial a base de foie-grás.
Há diversos registros a respeito dos 14 gatos de Richelieu e sabe-se muito a respeito deles, incluindo seus nomes, descrições físicas e temperamento.

  Os gatos importados da Turquia e da Pérsia (hoje Irã) eram muito apreciados por sua raridade, contudo não foi senão cerca de 300 anos mais tarde (por ocasião da exposição felina de Crystal Palace  , Londres, em 1871, quando os primeiros registros de pedigree começaram a ser feitos e também a criação planejada dessa raça) é que esses animais começaram a ser vistos mais frequentemente no mundo ocidental.

  Nesta época, foi organizado um programa de criação e de seleção pelos criadores britânicos. Foram Realizados cruzamentos com gatos Angorá para melhorar a pelagem.
  Além disso, foi empreendido um trabalho sistemático para aumentar a gama de cores e de motivos resultando atualmente em mais de 200 variedades. Dessa forma, o Persa "Smoke" (ou fumaça), foi exposto em Brighton em 1872.
O gato "Silver" foi o primeiro Persa Chinchila exposto em Londres em 1888. Os Persas "Colour-point", chamados Himalaia nos Estados Unidos e considerados uma raça à parte pela T.I.C.A. e Kmehr (ou kmer) na Alemanha apareceram por volta de 1920.
  Os Persas "Tabby", surgidos há mais de um século, foram expostos em Paris em 1927 sob o nome de "tigrados".
  Ainda no século XIX, os ingleses selecionaram os gatos mais maciços, mais redondos. Nos Estados Unidos, por volta de 1930, os criadores obtiveram um tipo brevilíneo extremo, batizado "Peke Face" (cara de pequinês). O Persa, sem dúvida a raça mais célebre do mundo, participou provavelmente da criação do Gato Sagrado da Birmânia e do British shorthair.